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“Desde os seis anos tive uma paixão por copiar a forma das coisas e desde os cinquenta publiquei muitos desenhos, mas de todos os que desenhei aos setenta anos não há nada que valha a pena levar em consideração. Aos setenta e três anos, eu compreendia parcialmente a estrutura dos animais, pássaros, insectos e peixes, e a vida das gramíneas e plantas. E assim, aos oitenta e seis, devo progredir mais; aos noventa, devo penetrar ainda mais em seu significado secreto e, aos cem, talvez tenha verdadeiramente alcançado o nível do maravilhoso e divino. Quando eu tiver cento e dez anos, cada ponto, cada linha terá vida própria.”    

Katsushika Hokusai. Artista japonês (1760–1849). Autor da série de xilogravuras Trinta e seis vistas do monte Fuji.

O processo de criação é experimental, dinâmico e contínuo, concentrado na procura e seleção da melhor conjugação, harmonia e fluidez entre linhas, formas e volumes. Cada elemento tem a sua expressão e intensidade numa organização espacial e conceitual, orgânica e interativa, na procura de movimento e crescimento contínuo, na evolução das formas e das estruturas num processo que nunca se estabiliza completamente. A interdependência é fundamental entre os elementos. Nada existe isoladamente. Estão todos interligados, formando uma rede de relações onde a curvatura de uma superfície num ponto específico depende da geometria local ao redor desse ponto, e essa curvatura, por sua vez, influencia a forma global da superfície. que define a estrutura e a aparência da figura como um todo.

José C. Queiroz

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